A ideia é bloquear propagandas consideradas ruins pela Coalition for Better Ads, com membros como Google e Facebook. Isso inclui
pop-ups, vídeos com som ativado por padrão, anúncios que ocupam muito
espaço na tela, contagens regressivas para acessar conteúdo, entre
outros.
A estratégia de negócios aqui é reduzir a necessidade de
extensões de terceiros como o AdBlock Plus. Ele cobra uma taxa dos
anunciantes — incluindo o Google — para incluí-los em seu programa de “anúncios aceitáveis”, que são liberados por padrão. (Você ainda pode bloqueá-los nas configurações.) Através desse programa, o Adblock Plus também vende anúncios, potencialmente concorrendo com o Google.
Segundo uma pesquisa recente, 26% dos usuários
de desktop têm algum tipo de software para ocultar propagandas. Embutir
um bloqueador de anúncios no Chrome — que tem 52% de participação de
mercado — pode frear a expansão de alternativas de terceiros, mantendo o
Google no controle.
Este recurso também poderia ajudar a evitar que usuários migrem para outros navegadores. O Opera tem bloqueador de anúncios nativo, assim como o Brave, criado por Brendan Eich, pai do JavaScript e ex-CEO da Mozilla.
Isso pode ser problemático,
é claro. Caso o Google decida exercer uma influência mais forte sobre o
mercado de anúncios online, isso chamará a atenção da concorrência e
também de organizações antitruste. Eich diz no Twitter
que “o Google já tem problemas antitruste, e teria mais se bloqueasse
anúncios de terceiros, mas não do DoubleClick”, sua plataforma de
publicidade online.
O WSJ diz que o Google ainda não
tomou uma decisão, mas a novidade poderia ser anunciada nas próximas
semanas — talvez na conferência I/O em maio.
Fonte: Wall Street Journal, TechCrunch, Engadget.
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