AÍ VEM MAIS UMA PROIBIÇÃO DOS COMPANHEIROS


Assusta-me a quantidade de leis proibitivas que tem sido criadas no Brasil nos últimos anos, parece que estamos caminhando para um tipo de totalitarismo como o criado pelo famoso livro de George Orwell, 1984. No livro surge aos poucos uma transformação da realidade disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão (Big Brother). Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40. O livro não se resume a apenas criticar o stalinismo e o nazismo, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma e das liberdades civis.

São tempos preocupantes que estamos vivendo no Brasil, com políticas paternalistas e o populismo de seus idealizadores, sobretudo com a volta da censura na TV, nos bares, a mordaça da imprensa livre, recentemente em nossas casas, com o projeto de Lei que estimula a delação de pais por filhos que tenham recebido punição física, a polêmica censura aos humoristas que se não fosse pelos inúmeros protestos talvez ainda estivesse em vigor, mas o que me preocupa ainda mais é o debate cada vez mais acirrado com relação ao único meio legitimo de liberdade de expressão e comunicação livre que ainda temos que é a nossa internet, ela que vem sendo cada vez mais alvo de cerco dos déspotas do congresso que se sentem ameaçados com seu poder de penetração e informação.

Está em tramitação na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei que prevê a proibição do anonimato em sites do Brasil, acabando assim com a onda de “calunias” e “central de boatos” que vem assolando a campanha da companheira candidata a presidência da “República”. O projeto pretende obrigar sites e blogs a indicar o nome do responsável na página principal, bem como o endereço de contato do responsável. Em caso de Jornalista, deverá indicar o nome e o registro profissional do profissional. A proposta é de autoria do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e tem o código 7311/10.

De acordo com a proposta os responsáveis pela publicação própria ou de terceiros ficarão obrigados a comprovar a veracidade da publicação, proporcionar direito de resposta e ainda usar de meios éticos na obtenção da informação. O mais preocupante é que a proposta dentre outras proibições mascarantes condena “convicções políticas”, isso mesmo, nada de palpitar sobre sua preferência ou ideologia política, em caso de descumprimento, os responsáveis pelos sites no Brasil ficarão sujeitos a multa entre 5 mil e 50 mil reais por cada infração. No caso da pessoa jurídica, também serão punidos com multa, os administradores ou controladores, quando tiverem agido de má fé.

Querem transformar a rede em um cenário de apelações e recursos onde os pilantras se safam e aonde a confidencialidade do denunciador dos abusos, safadezas e pilantragens de certas figuras não venham a ser expostas para o publico, como ocorre em programas que vão além do que deveriam como o “Meninas do Jô” na Rede Globo de TV, que foi descaradamente amordaçado e cancelado.

Aqueles que amam a liberdade devem estar atentos e vigilantes, sobretudo por nós que primamos por ela, pois pessoas com simpatia por regimes ditatoriais e totalitários como em CUBA, CHINA, IRÃ E VENEZUELA, estão transformando o Brasil, aos poucos, numa panela fervente em fogo brando, onde a rã se acomoda e cozinha.

Dizem que se você jogar uma rã viva em uma panela de água fervendo, ela pula, naturalmente! Mas se você coloca-la em uma panela com água natural e aos poucos fervê-la em fogo brando ela não sente o aumento de temperatura gradual e acaba se deixando cozinhar.



Por: Daniel Braz

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